terça-feira, 17 de maio de 2011

Dublê careta.


As cenas mais perigosas hoje eu faço questão de vive-las, cega, muda e surda, porque sempre fui tudo isso passivamente. 
Preparei por uma fuga que sinceramente, meus pais, irmãos e vizinhos jamais desconfiariam dessa tal fuga, deixei a minha boneca preferida de lado, e no lugar dela trouxe uma roupa ousada, caso precisasse de um lugar para dormi, meus CD's que eu tomava tanto cuidado arranhei um por um, e todas as minhas cartas escritas por namorados, paqueras, e amigas queimei, pois aquela vida era vivida por um dublê que não se parecia nada comigo! 
Tchau! Fui viver a minha vida sem medo e não há previsão para voltar, mas nunca deixei de sonhar, esta noite sonhei com um abraço e um carinho que foi me permitido uma única vez em vida, Deus o levou e me deixou com saudades, saudades daquilo que nunca vivi. Em meu sonho te abraçava e não o deixava escapar, minhas lágrimas caíram com muita saudade, muitos não acreditaram, mas aquela era a minha única oportunidade de falar: - ''Até fim de semana que vem!'' Já se passaram exatamente vinte e cinco finais de semana, e você não me deu se quer um telefonema para deixar claro que está tudo bem por ai, que essas nuvens não são feitas de algodão e muito menos são doces. 
Quando te encontrar vou te dá o abraço que me faltou em uma despedida.